Precisamos de algo mais do que milagres, precisamos de Novos Céus e Nova Terra, mas enquanto eles não chegarem a injustiça não desaparecerá!
Philip Yancey - Decepcionados com Deus

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Ovelha, dracma, ou filho?

Graça e paz querido (a),

Esta é uma versão escrita da mensagem que preguei na Igreja Batista Aliança e Milagres do dia 01/10/2014, entendi que esta palavra poderia ser também de forma escrita e não apenas falada, para a edificação de quem se interessar em fazer esta leitura.

O texto base é este:

E ele lhes propôs esta parábola, dizendo:
Que homem dentre vós, tendo cem ovelhas, e perdendo uma delas, não deixa no deserto as noventa e nove, e vai após a perdida até que venha a achá-la?
E achando-a, a põe sobre os seus ombros, jubiloso;
E, chegando a casa, convoca os amigos e vizinhos, dizendo-lhes: Alegrai-vos comigo, porque já achei a minha ovelha perdida.
Digo-vos que assim haverá alegria no céu por um pecador que se arrepende, mais do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento.
Ou qual a mulher que, tendo dez dracmas, se perder uma dracma, não acende a candeia, e varre a casa, e busca com diligência até a achar?
E achando-a, convoca as amigas e vizinhas, dizendo: Alegrai-vos comigo, porque já achei a dracma perdida.
Assim vos digo que há alegria diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende.
E disse: Um certo homem tinha dois filhos;
E o mais moço deles disse ao pai: Pai, dá-me a parte dos bens que me pertence. E ele repartiu por eles a fazenda.
E, poucos dias depois, o filho mais novo, ajuntando tudo, partiu para uma terra longínqua, e ali desperdiçou os seus bens, vivendo dissolutamente.
E, havendo ele gastado tudo, houve naquela terra uma grande fome, e começou a padecer necessidades.
E foi, e chegou-se a um dos cidadãos daquela terra, o qual o mandou para os seus campos, a apascentar porcos.
E desejava encher o seu estômago com as bolotas que os porcos comiam, e ninguém lhe dava nada.
E, tornando em si, disse: Quantos jornaleiros de meu pai têm abundância de pão, e eu aqui pereço de fome!
Levantar-me-ei, e irei ter com meu pai, e dir-lhe-ei: Pai, pequei contra o céu e perante ti;
Já não sou digno de ser chamado teu filho; faze-me como um dos teus jornaleiros.
E, levantando-se, foi para seu pai; e, quando ainda estava longe, viu-o seu pai, e se moveu de íntima compaixão e, correndo, lançou-se-lhe ao pescoço e o beijou.
Lucas 15:3-20

Durante sua passagem pela Terra, vemos que Jesus não apenas deu, mas distribuiu de seus ensinamentos para todos aqueles que o seguiram e também para aqueles que o julgavam.
Mas nesta passagem vemos Jesus aparentemente ensinando a mesma coisa de três formas diferentes e isso foi espetacular. Mas por quê?

Creio que Jesus ensinou uma coisa fora do comum para quem tinha o discernimento para entender o reino de Deus. Ele faz distinção de três situações:

1º) Um homem tem cem ovelhas, perde uma e volta para busca-la (ele perdeu 1% do que tinha e voltou para recuperar)
2º) Uma mulher tem dez dracmas, perde uma e à procura até encontra-la (ela perdeu 10% do que tinha e procurou até encontrar)
3º) Um homem tem dois filhos e um resolve partir, o pai o espera voltar para casa (se considerarmos que um filho não pode ser substituído, o pai não perdeu 50% do que tinha, mas 100%; mas ele aguarda sua volta, pois o mesmo é um filho)

Acredito que há desde o começo uma diferença de uma ovelha, uma dracma e um filho. Não que Deus tenha pessoas favoritas ou faça acepção de pessoas, nada disso, mas Deus tem pessoas que se destacam mais no seu reino apenas por escolha e entrega. Se estas se desviarem, farão mais faltas não para Deus, mas para o reino dEle.

Então eis a pergunta:
Ovelha, dracma, ou filho?
O que somos para Deus? O que procuramos ser e representar ao nosso Senhor?

Vale ressaltar que o pastor da ovelha perdida e a dona da dracma representam Deus em suas posições tanto quanto o pai do filho pródigo. Mas o pai do filho pródigo foi deixado pelo seu filho, não o perdeu. E este mesmo pai também não foi atrás do filho, mas o esperou todos os dias, pois sabia que o filho voltaria para casa.

Vejo que é necessário estarmos incluídos em uma destas três situações, alguns são ovelhas, outros são dracmas, mas outros são filhos.

Como Cristo de uma seleção com mais de 500 pessoas que eram seu seguidores separou destes 72, e dos 72 separou 12 que foram discípulos, e de 12 separou 3 que foram mais amigos, e destes 3, apenas 1 era íntimo dEle, tão íntimo que Jesus o chamou de filho de Maria, sua mãe.

Em resumo é isso. Para Deus, representamos ovelha, dracma, ou somos filhos?

Que Jesus se revele ao ponto de você querer ser chamado de filho.

Walisson Souza
E ele lhes propôs esta parábola, dizendo:
Que homem dentre vós, tendo cem ovelhas, e perdendo uma delas, não deixa no deserto as noventa e nove, e vai após a perdida até que venha a achá-la?
E achando-a, a põe sobre os seus ombros, jubiloso;
E, chegando a casa, convoca os amigos e vizinhos, dizendo-lhes: Alegrai-vos comigo, porque já achei a minha ovelha perdida.
Digo-vos que assim haverá alegria no céu por um pecador que se arrepende, mais do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento.
Ou qual a mulher que, tendo dez dracmas, se perder uma dracma, não acende a candeia, e varre a casa, e busca com diligência até a achar?
E achando-a, convoca as amigas e vizinhas, dizendo: Alegrai-vos comigo, porque já achei a dracma perdida.
Assim vos digo que há alegria diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende.
¶ E disse: Um certo homem tinha dois filhos;
E o mais moço deles disse ao pai: Pai, dá-me a parte dos bens que me pertence. E ele repartiu por eles a fazenda.
E, poucos dias depois, o filho mais novo, ajuntando tudo, partiu para uma terra longínqua, e ali desperdiçou os seus bens, vivendo dissolutamente.
E, havendo ele gastado tudo, houve naquela terra uma grande fome, e começou a padecer necessidades.
E foi, e chegou-se a um dos cidadãos daquela terra, o qual o mandou para os seus campos, a apascentar porcos.
E desejava encher o seu estômago com as bolotas que os porcos comiam, e ninguém lhe dava nada.
E, tornando em si, disse: Quantos jornaleiros de meu pai têm abundância de pão, e eu aqui pereço de fome!
Levantar-me-ei, e irei ter com meu pai, e dir-lhe-ei: Pai, pequei contra o céu e perante ti;
Já não sou digno de ser chamado teu filho; faze-me como um dos teus jornaleiros.
E, levantando-se, foi para seu pai; e, quando ainda estava longe, viu-o seu pai, e se moveu de íntima compaixão e, correndo, lançou-se-lhe ao pescoço e o beijou.

Lucas 15:3-20

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Qual a forma correta de estudar a Bíblia?

Determinar o significado das Escrituras é uma das tarefas mais importantes que um crente tem nesta vida. Deus não nos diz que devemos simplesmente ler a Bíblia. Devemos estudá-la, lidar com ela corretamente. Estudar as escrituras é tarefa árdua. Uma olhadela superficial das Escrituras pode às vezes nos levar a tirar conclusões erradas a respeito do que Deus quer dizer. Por isso, é crucial compreender vários princípios a respeito de como determinar o correto significado das Escrituras.

1. Ore e peça ao Espírito Santo que dê a você entendimento. João 16:13 diz: “Mas, quando vier aquele Espírito de verdade, ele vos guiará em toda a verdade; porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos anunciará o que há de vir.” Jesus, em João 16, se refere ao Espírito Santo e diz que quando Ele viesse (O Espírito Santo veio no Pentecoste, Atos 2), Ele os guiaria até a verdade. Da mesma forma com que o Espírito santo guiou os apóstolos na autoria do Novo Testamento, Ele também nos guia para que compreendamos as Escrituras. Lembre-se, a Bíblia é livro de Deus, e precisamos perguntar a Ele o que significa. Se você é um cristão, o autor das Escrituras, o Espírito Santo, habita em você... e Ele quer que você compreenda o que escreveu.

2. Não isole a passagem dos versículos que o cercam, achando que o significado da passagem não é dependente dos versos ao redor. Você deve sempre ler os versos que estão ao redor e capítulos, e estar familiarizado com o propósito do livro. Mesmo sendo as Escrituras vindas de Deus (II Timóteo 3:16; II Pedro 1:21), Deus usou homens para escrevê-las. Estes homens tinham um tema em mente, um propósito para escrever, uma questão ou questões específicas às quais se referiam. Leia o contexto para o livro da Bíblia que está estudando para descobrir quem o escreveu, para quem foi escrito, quando foi escrito e por que foi escrito. Então leia os capítulos anteriores ao verso ou versos que está estudando para sentir exatamente o tópico sobre o qual o autor humano estava escrevendo. Tenha cuidado também e deixe o texto falar por si mesmo. Às vezes as pessoas colocam um significado particular em palavras com o fim de obter a interpretação que bem desejam.

3. Não tente ser totalmente independente em seu estudo da Bíblia. É arrogância pensar que você não pode alcançar entendimento através do longo trabalho de outros que estudaram as Escrituras. Algumas pessoas, equivocadamente, se achegam à Bíblia com a idéia que vão depender apenas do Espírito Santo e descobrirão todas as verdades ocultas das Escrituras. Cristo, ao dar o Espírito Santo, providenciou pessoas com dons e dons espirituais ao corpo de Cristo. Um desses dons espirituais é o do ensino (Efésios 4:11-12; I Coríntios 12:28). Estes mestres são dados pelo Senhor para nos ajudar a corretamente compreender e obedecer as Escrituras. Também é sábio estudar a Bíblia com outros crentes, ajudando uns aos outros a compreender e aplicar a verdade da Palavra de Deus.

Leia mais:http://www.gotquestions.org/Portugues/correta-estudar-Biblia.html#ixzz2rKz0ibFx

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Quem é Deus pra você?

 

Existe uma passagem na Bíblia Sagrada bem conhecida e interessante, passagem esta que já me fez refletir várias vezes até que me levou à conversão ao evangelho Cristo.

Em Mateus 16:13-17 existe uma pergunta que já mexeu com muitos homens e tem mexido até hoje no mundo inteiro, um questionamento de Jesus que tem virado sermões e pregações em todo o planeta. 

Quem é Deus pra você?

De início Jesus começa fazendo uma pergunta aos seus discípulos a respeito dos homens:

E, chegando Jesus às partes de Cesaréia de Filipe, interrogou os seus discípulos, dizendo: Quem dizem os homens ser o Filho do homem? (Mateus 16:13)

Ele perguntara o que os homens “de fora” diziam a respeito dEle, e podemos ver que a resposta destes não fazia muita diferença para Ele, pois logo depois Ele perguntara aquilo que realmente tinha importância:

Disse-lhes ele: E vós, quem dizeis que eu sou? (Mateus 16:15)

Há uma pergunta lançada aos discípulos. Aos discípulos, não aos outros homens. É nesta parte do texto que vemos umas das perguntas que mexe com o coração dos homens e a muitos deles traz uma revelação divina. Jesus perguntou aos discípulos e a ninguém mais: E vós, quem dizeis que eu sou?

Sabemos hoje naquele tempo, eles eram a igreja de Cristo, igreja esta que somos nós nos dias de hoje. Jesus então pergunta para cada um de nós quem dizemos que Ele é. Ele faz esta pergunta:

Quem sou eu pra você?
Quem você diz que eu Sou?

Jesus não deu tanto valor ao que os outros diziam dEle, Ele queria saber o que os discípulos pensavam a seu respeito. É isto que Deus muitas vezes quer ver em nós, uma revelação da sua pessoa.

Naquela hora podemos imaginar o seu discípulo Pedro levantando a voz e se expressando:

E Simão Pedro, respondendo, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo. (Mateus 16:16)

Ele naquela hora disse a Jesus o que Ele queria ouvir, demonstrou a Deus que tinha revelação de quem Ele representava, e Jesus o chamou bem aventurado e o ensinou que a revelação obtida naquela hora não veio por meio de carne e nem sangue mas pelo Pai.

Podemos trazer isto para nós hoje, nós somos a igreja de Cristo e Ele quer saber de nós o que pensamos dEle e o que ele representa. O mundo pensa que Deus é apenas mais uma religião, ou que Jesus foi mais um desses filósofos de época, há muitos que dizem que acreditam em Deus como uma força maior ou que aceitam a ideia de um deus pelo fato de termos vida e inteligência.

Deus tem que para nós muito mais do que isto, Ele é o Criador e a Luz do mundo, é o Autor da salvação do homem, é o único digno de toda a adoração e de todo o louvor. Não é uma força maior, mas sim o criador e controlador de todas as forças existentes, não é apenas uma filosofia mas sim a resposta certa para toda e qualquer filosofia feita pelo homem.

Deus não se importa com o que os homens pensam dEle, mas ele faz esta pergunta para nós:

Quem é que Eu sou para você?

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Este é o meu Rei!!!

Este é um vídeo traduzido a partir de um sermão de S M Lockbridge, onde ele exalta com boas palavras uma pequena parte da grandeza do nosso Salvador.

Assista:


domingo, 22 de maio de 2011

Águia ou Galinha?


A águia e a galinha é um dos livros mais interessantes que já li. Seu autor é o nosso grande mestre de filosofia, teologia, espiritualidade e ecologia, Leonardo Boff.
Nele o mestre faz uma metáfora da condição humana, buscando inspiração numa velha história vinda da África. Seu autor é James Aggrey, um educador e político de Gana, pequeno país da África Ocidental, situado no Golfo da Guiné, entre a Costa do Marfim e Togo.
Leonardo Boff inicia a história dizendo, com sua grande sabedoria, que a libertação começa na consciência, no resgate da dignidade e da auto-estima, se efetivando na prática histórica. Fala da consciência da ancestralidade e do orgulho que o povo ganense tem de sua história e da nobreza de suas tradições. Termina dizendo que toda a colonização - seja ela antiga, pela invasão de territórios, seja ela pela integração forçada no mercado mundial - significa sempre um ato de grandíssima violência. A imposição de uma nova cultura invasora que subjuga e destroi importantes culturas tradicionais, sua memória, suas tradições, seus valores, suas instituições e suas religiões.
A história que James Aggrey, político e educador, contou ao seu povo numa reunião de lideranças populares em 1925 é a seguinte:
"Era uma vez um camponês que foi à floresta vizinha apanhar um pássaro para mantê-lo cativo em sua casa. Conseguiu pegar um filhote de águia. Colocou-o no galinheiro junto com as galinhas. Comia milho e ração própria para galinhas. Embora a águia fosse o rei/rainha de todos os pássaros.
Depois de cinco anos, este homem recebeu em sua casa a visita de um naturalista. Enquanto passeavam pelo jardim, disse o naturalista: - Esse pássaro aí não é galinha. É uma águia.
-De fato - disse o camponês. É águia, mas eu criei como galinha. Ela não é mais uma águia. Transformou-se em galinha como as outras, apesar das asas de quase três metros de extenção.
- Não - retrucou o naturalista. Ela é e será sempre uma águia. Pois tem um coração de águia. Este coração a fará um dia voar às alturas.
- Não, não - insistiu o camponês. Ela virou galinha e jamais voará como uma águia.
Então decidiram fazer uma prova. O naturalista tomou a águia, ergueu-a bem alto e desafiando-a disse: - já que de fato você é uma águia, já que você pertence ao céu e não à terra, então abra as suas asas e voe!
A águia pousou sobre o braço entendido do naturalista. Olhava distraidamente ao redor. Viu as galinhas lá em baixo, ciscando grãos. E pulou para junto delas.
O camponês comentou: - Eu lhe disse, ela virou uma simples galinha!
- Não - tornou a insistir o naturalista. Ela é uma águia. E uma águia será sempre uma águia. Vamos experimentar novamente amanhã.
No dia seguinte o naturalista subiu com a águia no teto da casa. Sussurou-lhe: Águia, já que você é uma águia, abra as suas asas e voe!
Mas quando a águia viu lá embaixo as galinhas, ciscando o chão, pulou e foi junto delas.
O camponês sorriu e voltou à carga: - Eu lhe havia dito, ela virou galinha!
- Não - respondeu firmemente o naturalista. Ela é águia, possuirá sempre um coração de águia. Vamos experimentar ainda uma última vez. Amanhã a farei voar.
No dia seguinte, o naturalista e o camponês levantaram bem cedo. Pegaram a águia, levaram-na para fora da cidade, longe das casas dos homens, no alto de uma montanha. O sol nascente dourava os picos das montanhas.
O naturalista ergueu a águia para o alto e ordenou-lhe: Águia, já que você é uma águia, já que você pertence ao céu e não à terra, abra suas asas e voe!
A águia olhou ao redor. Tremia como se experimentasse nova vida. Mas não voou. Então o naturalista segurou-a firmemente, bem na direção do sol, para que seus olhos pudessem encher-se da claridade solar e da vastidão do horizonte.
Nesse momento, ela abriu suas potentes asas, grasnou com o típico Kau-kau das águias e ergueu-se, soberana, sobre si mesma. E comessou a voar para o alto, voar cada vez mais alto. Voou... voou... até confundir-se com o azul do firmamento..."
E Aggrey terminou conclamando:
"- Irmãos e irmãs, meus compatriotas! Nós fomos criados à imagem e semelhança de Deus! Mas houve pessoas que nos fizeram pensar como galinhas. E muitos de nós ainda acham que somos efetivamente galinhas. Mas nós somos águias. Por isso companheiros e companheiras, abramos as asas e voemos. Voemos como águias. Jamais nos contentaremos com os grãos que nos jogarem aos pés para ciscar."

Com esta história o grande mestre basileiro nos ensina também que a vida é feita de escolhas; que o interior de cada um de nós nunca muda; que sempre estaremos prontos para encontrar nossos verdadeiros ideais. Depende de nós.

Nicéas Romeo Zanchett - artista plastico

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quarta-feira, 16 de março de 2011

Alegrai-vos com os que se alegram; e chorai com os que choram



Na vida do cristão existem altos e baixos, e não penas na vida do cristão, mas na vida de todos aqueles que andam por esta Terra. Viver é uma aventura, e uma aventura que se passa por ela apenas com muita força e perseverança.


Tem momentos em que estamos felizes, alegres e regozijantes; mas há momentos na vida, em que nos dá vontade de sumir, de desaparecer e nunca mais voltar.

Isto acontece na vida de todos, não existe nenhuma pessoa neste mundo que tenha estrela na testa perante Deus. Então, qual é a vantagem de ser cristão?

Paulo diz que se esperarmos em Cristo somente nesta vida, somos os mais miseráveis de todos; a diferença não é em passar a aventura de vida, mas sim em como passar!

Nós cristãos por muitas vezes achamos que somos pessoas mega protegidas de Deus neste mundo e por isso não podemos passar por dificuldades e momentos tristes na vida, mas o fato é que se o sol nasce também para aqueles que estão no mundo, a chuva também virá para aqueles que estão em Cristo.

Nestes momentos é difícil fazer o que a Bíblia nos aconselha, nos vemos acuados pelas circunstâncias e por isso não encontramos razão ou motivação para continuar na caminhada com Deus. É facil chorar com os que choram, pois se vemos alguém triste, naturalmente nos entristecemos com ela e acabamos por chorar junto; mas e o se alegrar com os que se alegram? Este é o mais difícil, por que tem momentos na nossa vida que estamos rodeados de pessoas alegres mas a nossa vida não tem alegria; é aí que fazemos a diferença, é aí que damos um show de espetáculo diante dos homens e dos anjos, como diz Paulo no capítulo 4 de 1ª Coríntios, é aí que provamos para nós mesmos que somos como a cana balançada pelo vento, que se inclina até quase quebrar, mas quando o vento passa ela permanece de pé.

Uma das histórias mais comoventes da Bíblia ensina para nós um fato interessante, a princípio lendo o livro de Jó, eu penso que Deus usa sua vida para fazer uma aposta com o Diabo, e descubro pouco tempo mais tarde que Deus usou foi a vontade de Satanás em fazer um servo de Deus sofrer para mostrar a Jó que ele tinha uma fé e um amor por Deus que independiam das circunstâncias, para mostrar a Jó que ele era mais do que pensava que era. Jó foi um homem perseverante, passou pelo vale da vida com muitas questões e perguntas a respeito da sua existência, mas entre todas estas coisas, ele se levantou do pó e não teve usurpação em por a sua fé em prática e dizer para toda uma platéia espiritual ouvir:
Eu sei que o meu Redentor vive, e que em breve Ele se levantará em meu favor!

A vida de Jó é um espetáculo até hoje, ele reclamou, murmurou sim algumas vezes, mas não deixou de confiar e adorar a Deus.
Existe um Salmo na Bíblia que nos faz refletir, um Salmo que como toda a Palavra de Deus, depois de tanto tempo de escrito não deixa de ser atual; Asafe escreve no Salmo 73 aquilo que muitos de nós sentimos na aventura da vida, na caminhada cristã. Ele diz:
Bom é o Senhor para com Israel, para com os limpos de coração, quanto a mim, quase se resvalaram os meus pés, pouco faltou para que escorregassem os meus passos, pois eu tinha inveja dos néscios, quando via a prosperidade dos ímpios.

É muito difícil de entender e de aceitar que os ímpios muitas vezes conquistam coisas que os crentes lutam para conquistar e não conseguem. É complicado de se viver em uma situação como a de Asafe, que era um levita, que tocava e cantava na casa do Senhor, mas que a todo momento era afligido pelas circunstâncias e perseguido pela vontade de não mais servir a Deus.

Podemos imaginar o tipo de problema que nos faz querer desistir do evangelho, João Batista foi preso por profetizar e talvez quisesse apenas sua liberdade, por isso ele questionou se Jesus era mesmo o Cristo; Elias estava sendo perseguido por Jezabel e Acabe, e foi numa caverna que ele pediu a morte; Jó perdeu todos os filhos, perdeu todos os bens, até sua esposa o mandou que amaldiçoasse a Deus e morresse, ele abriu a boca e amaldiçoou o dia em que nasceu; vemos parte da vida de um homem que morreu pelo evangelho, Paulo entregou sua vida a Cristo e padeceu por Ele, certa vez ele recebeu um espinho na carne e só pediu a Deus que tirasse dele este mensageiro de Satanás que vinha e o esbofeteava.

Estes são fatos bíblicos que conhecemos porque ouvimos ou lemos a história de seus protagonistas; mas e a nossa história? Será que nossas histórias seríam dignas de serem escritas na Biblia Sagrada como a deles? Será que o sentimento do coração ferido de um homem que foi traído seria capaz de mexer com a nossa mente e com o nosso coração? Será que o desespero de um pai desempregado e sem condições de dar comida para seu filho seria uma boa razão para chorarmos com ele?

Mesmo quem está feliz é capaz de se comover com estas histórias de pessoas que viveram no passado e de pessoas que estão em nosso meio, o difícil, são estas pessoas se alegrarem com os que estão alegres.

Para os felizes da vida, tem este versículo:
Alegrai-vos com os que se alegram; e chorai com os que choram; RM 12-15.

Para os que estão passando por momentos de dor, podemos dizer que todos os que citei acima tiveram algum tipo de exaltação ou resposta de Deus; o Asafe, aquele que teve por alguns momentos inveja dos ímpios, entrou no santuário de Deus, e teve como revelação o fim do caminhos deles, que são caminhos de morte; João Batista, mesmo questionando a divindade de Jesus, Jesus afirmou diante de todo o povo que João era o maior de todos  os homens nascidos de mulher; mesmo sendo perseguido e tendo pedido a morte para Deus, Elias foi arrebatado por Deus em uma carroagem de fogo com cavalos de fogo o levando para o céu; depois de tantos questionamentos sobre a vida, Jó recebeu de Deus tudo aquilo que ele havia perdido e muito mais do que ele tinha antes; mesmo não tendo sido retirado o espinho na carne de Paulo, ele ouviu aquilo que de Deus viera dizendo: A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza!

Todos estes homens tiveram revelação de Deus, o conheceram de uma maneira que poucos, muito poucos conhecem, poderíam sofrer mas tinham a paz, a Paz que excede todo o entendimento e o melhor, não dependiam das situações para dar glórias a Deus.

Todos nós temos motivos para sorrir, basta a cada um de nós encontrarmos neste motivo a motivação para sorrirmos com aqueles que sorriem.